Escritórios especializados em detectar tendências, como o WGSN e o Senac Moda Informação, já tinham cantado a bola. O desejo de resgate do passado é uma das mais importantes macrotendências do momento. A elegância masculina clássica ressurge não só nas roupas, como também nos cuidados com a aparência.
Em 2007 aconteceu a estréia de “Mad Men”, seriado americano ambientado em uma agência de propaganda fictícia do começo dos anos 1960. No Brasil, está no ar pelo canal HBO a quarta temporada. A história gira em torno da vida do publicitário Don Draper, interpretado por John Hamm, e mostra as mudanças de comportamento da América na época. Ganhou o status de seriado “cult” tanto pelo roteiro, quanto pelo cuidado com os cenários, figurinos e objetos de cena. Aclamada pela crítica, faturou treze Emmy e quatro Globos de Ouro.
O sucesso da série inspirou coleções tanto masculinas quanto femininas ao redor do mundo e trouxe de vários elementos que estavam em desuso, como o lenço no paletó, a gravata borboleta, o suspensório, entre outros. Como se passa numa época anterior a da preocupação excessiva com a aparência, mostra de forma mais natural como o homem pode estar elegante sem grandes exageros. Em resumo, roupas bem cortadas, atenção aos detalhes, corte de cabelos simples, barba bem feita.
Numa época tecnológica, onde tudo é feito de maneira instantânea, reservar um momento para que os outros cuidem de você, não é só nostalgia. É um raro prazer, que deve ser aproveitado cada minuto. As mulheres sabem disso há décadas. Nós já soubemos, mas esquecemos. Hora de relembrar!
Barbeiro é uma das profissões mais antigas do mundo, sendo que a navalha já era usada no Egito em 3500 a.C.. A Grécia antiga importou da Macedônia o costume de raspar a barba. A barbearia chegou a Roma em 296 a.C. e logo se tornou popular, tanto que a primeira barba feita de um jovem era considerada um ritual de passagem. Historicamente, as barbearias sempre foram consideradas um lugar de encontros sociais, divulgação de notícias, fofocas e debates.
Fonte: Ricardo Oliveros, colunista uol.
No Brasil, mesmo com o declínio do número de barbearias tradicionais nos grandes centros, algumas resistem ao tempo, atendendo muitas vezes até três gerações da mesma família e mantém a mesma técnica artesanal de fazer a barba. Existem as mais novas que surgem com o espírito retrô, decoradas com mobiliário antigo e que mantém viva a tradição.